quinta-feira, 29 de julho de 2010


'Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular

Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal

E então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós

Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós

Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver, como se deve ser

Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo faço melhor do que lhe parecer

Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor

Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor'



...E o medo de toda certeza que chamam de amor
É cedo não quero dizer que foi tarde demais
Vendo os olhos e assim triste, infeliz, incapaz
A vida ficou por ali me olhando por trás
A vida ficou por ali...

Eu queria o amor bem assim, logo aqui
Ela não quis e assim fez de nós infeliz
Quis viver noutro tempo que eu nem sei se virá
Eu me pego a cachaça, desgraça de amor que me põe a chorar
Eu me pego a desgraça, cachaça de amor...


Quando escrevo, te penso, e me culpo, por saber que jamais fará questão de saber que uma parte do meu tempo, eu perdi aqui por você. E isso me mata. É isso que me mata.
De volta ao tempo de tocar vioão.


Mais um dia vazio.

FRASE DO DIA: É CEDO, NÃO QUERO DIZER QUE FOI TARDE DEMAIS

d-.-b Cedo não - Maria Gadu

Legenda: Cansada dessa caminhada.

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