segunda-feira, 2 de abril de 2012
Doce crueldade
O que posso dizer-te do amor senão desespero de vida, cálice da carência exacerbada, veneno da alma, armadilha do destino? O amor é louco, loucura perdoada, desenfreada, desmedida, despreparada. Surpreendente sabor de satisfação e insatisfação supremas, conjugadas, repelidas, indecentes, depravadas. Sobrevivente coração, forte entre calos, calado entre forças disfarçado de fraquezas ingênuas e duplamente doloridas. O que faz vc amor, em minha vida pacata e sossegada, abalar meus dias, chocar minhas estruturas, conflitar minhas certezas na dúvida cruel de te pertencer? Como pode vc, na sua humilde insignificância, ser tremendo, me bater, fazer de mim perdido, me presentear cm lágrimas, tremuras, gemidos aflitos por mais, perdão... Não sei se estamos de mão dadas ou amarrados sem querer. Se sofro por te querer ou se não sofro por ter vc. Ah! que doçura cruel te sentir, te afagar, meu ego, meu egoísmo, minha certeza de existir. Vc me diminui, me maltrata, e mesmo assim... Eu espero por vc!
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