Minha vida intercala alegrias e tristezas como os pares intercalam os ímpares. Eu não sou uma pessoal normal. Achei que sabia lidar com as pessoas, com as palavras, que podia dominar a arte da compreensão e do desapego ao meu ego. Mas não sei. Tudo que as vezes eu acho que sou, de repente não sou mais, tudo que às vezes acho que tenho, de repente não tenho mais. Eu penso, mas nem tão logo existo. Onde existo, se o que logo penso não faz de mim o que sou? Em cada verso de cada música, e em cada aperto no peito uma nota me faz sair daqui, fugir de mim, do meu vazio, da minha angústia, de estar infeliz e emitir infelicidades nas pessoas que mais gosto. Eu queria ter uma caverna particular, em que eu pudesse me ausentar do mundo, me ausentar da vida de quem constantemente machuco, querendo fazer justamente o contrário. Queria pertencer a um lugar onde eu não precise falar nada, nem muito menos interpretar, onde nada me chateie, e eu não sinta vontade de consertar, ou corrigir, ou entender, ou buscar o início de nada. Eu queria ser uma flor, feliz com o sol.. mais ainda com a chuva. Feliz com o dia, mais ainda com a noite. Que só observa e não fala, que murcha, mas não chora. Que as vezes espeta, mas não perde sua beleza. Que não perde o aroma porque não tem atenção ou não é percebida. Que representa o amor, um presente, uma reconciliação. Porque canso às vezes de ser pessoa. De ter sentimento. De sangrar sem sangue. De chorar pelo peito. De tentar entender, de falar sem pensar, de não ter saída, de procurar solução e de tudo ter q ter solução. De ser certo ou ser errado, quando o erro ou a certeza não indicam simplismente nada.
FRASE DO DIA: Feliz de quem entende que é preciso mudar muito pra ser sempre o mesmo.
- BanDaid cola no coração?
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
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